Basilica de Santa Sofia vista da rua
Ir à Turquia era uma das nossas escolhas fazia algum tempo. No ano de 2011 não quisemos gastar muito dinheiro,uma vez que em 2010 tinhamos feito uma viagem à longinqua Tailandia. No entanto a ida a Maiorca foi tão dispendiosa como ir para o Oriente. Começamos por fazer o roteiro de viagem numa tabela de excel para podermos controlar os gastos e coordenar os diversos aspectos da viagem ( chegadas e partidas de aviões, autocarros...).
Resolvemos começar por Istambul. Compramos a viagem Lisboa/Istambul ( ida e volta) que ficou em 600 euros para dois adultos e uma criança.
Ficamos três dias em Istambul. Escolhemos um hotel perto da Santa Sofia e da Mesquita Azul. O país estava a festejar o Ramadão em Agosto e foi interessante observar uma cultura diferente em que o jejum é obrigatório entre o nascer e o por do sol. É um país muçulmano mas não fundamentalista, por isso, os turistas são bem recebidos nesta época e não faltam restaurantes onde comer.
É sempre conveniente perguntar se pode tirar fotografias, sobretudo às mulheres. Apesar de serem tolerantes com as outras religiões, continuam a reservar a imagem das suas mulheres.
Istambul é uma cidade europeia ( quase) muito agradável e segura. Uma lição de história universal.
" A Basílica de Santa Sofia, também conhecida como Hagia Sophia (em grego: Άγια Σοφία; transl.: Hagia Sophia, que significa "Sagrada Sabedoria"; em turco: Ayasofya) é um imponente edifício construído entre 532 e 537 pelo Império Bizantinopara ser a catedral de Constantinopla (atualmente Istambul, na Turquia). Da data em que foi dedicada em 360 até 1453, ela serviu nesta função, com exceção do período entre 1204 e 1261, quando ela foi convertida para uma catedral catótlica romanadurante o Patriarcado Latino de Constantinopla que se seguiu ao saque da capital imperial pela Quarta Cruzada. O edifício foi uma mesquita entre 29 de maio de 1453 e 1931, quando foi secularizada. Ela reabriu como um museu em 1 de fevereiro de 1935. ( fonte Wikipédia)"
Mustafá Kamal Ataturk transformou a Basilisca de Santa Sofia num museu. É imponente. Quase nos falta o ar quando se entra, tal a grandiosidade desta antiga igreja do Império Bizantino, mais tarde transformada em Mesquita pelo Império Otomano.
Vista do interior
Vista do terraço superior
Vista do terraço superior
Um passeio no Bósforo é sempre a melhor forma de perceber a grandiosidade da cidade e as suas maravilhas, sempre possiveis de observar das margens do rio. O palácio do Ataturk visto do Bósforo.
Por volta do por do sol as imediações da Mesquita Azul enchem-se com milhares de fieis que esperam a ordem para quebrar o jejum. A comida abunda exposta nas centenas de toalhas postas na relva.
O Palácio do Topkapi ou Palácio do Sultão é visita obrigatória. Aqui é possivel adivinhar o luxo e a opulencia em que viveram os sultões durante o Império Otomano.
Harém
Imagem dos ajulejos que revestem o palácio
A Mesquita Azul é ponto obrigatório de visita. As mulhres não podem entrar com as pernas e a cabeça descoberta. Quem não levar roupa adequada, não precisa de se preocupar porque na porta são-lhe fornecidas umas vestes para que entre sem ofender o profeta.
Fiéis a rezar. Zona reservada apenas aos homens.
Também há quem aproveite para dormir. Não deve ser fácil não comer nem beber durante o dia e num sol muito quente nesta época.
Bazar das especiarias, um local a visitar.
Da margem do Bósforo avista-se as imensas chaminés da cozinha do Topkapi que chegava a servir tres mil refeiçoes na época do sultanato.
Vista da Mesquita Azul e da Basilica Santa Sofia ao pôr do sol.
Exterior da Mesquita Azul quando da ultima oração
Túmulo de Alexandre o Grande. Museu de Istambul.
De Istambul rumamos à Capadócia. A viagem foi feita de barco, autocarro e de avião até Karsery. No aeroporto tinhamos uma carrinha ( cortesia do hotel a troco de 20 euros) que nos levou a Goreme, a cidade das chaminés de fada. A Capadócia é uma região remota da Turquia, muito diferente de ocidental Istambul. Uma paisagem lindissima, repousante e unica.
Em Goreme é possivel visitar o vale do Rift ( o segundo mairo a seguir ao Grand Canyon) e disfrutar da paisagem verdejante e água fresca do rio. Um passeio muito agradavel de 3 km a pé, em que ao longo do rio é possivel ver vestigios de igrejas e de habitações com quase 2000 anos.
Goreme ao anoitecer é mágica.
Em Goreme não perder a visita ao Museu a céu aberto, onde é possivel visitar igrejas com 2000 anos onde segundo parece foi escrita parte da Biblia.
Pinturas das igrejas subterrâneas
Depois da Capadócia visitamos Efesos, importante porto grego. As ruinas de Efesos devem ser visitadas muito cedo pela manhã. Depois das dez da manhã o sol reflete-se no mármore das ruas e torna-se insuportável.
Biblioteca de Efesos.
Teatro de Efesos
De Efesos fomos para Pammukale, de autocarro. Uma viagem muito agradável em que ao longo de um imenso vale podemos observar o desenvolvimento agricola da Turquia.
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Os castelos de algodão! Um fenómeno da natureza em que a água quente rica em tavertino escorre pela montanha e forma estes depósitos. Para visitar o castelo de algodão deve ir de manhã cedo ( está muito calor) e proteger-se bem com roupa fresca. O sol reflecte-se no calcário branco e quase nos assa. É condição para subir a montanha, ir descalço.
No cimo do castelo de algodão existem umas terma milenares, onde os soldados romanos iam curar as feridas depois da guerra. Estas águas quentes e ricas em diversos minerais tem propriedades curativas para quem tem problemas de pele. Muito agradável. Convém levar sapatos de surf ou sandálias, as pedras do fundo aleijam muito os pés. A entrada custa 12 euros.
Depois de 10 dias de viagem fomos para uma cidade à beira mar onde descansamos um pouco. Oludeniz é uma cidade virada para o turismo massificado, e sem nada de interesse. É uma colónia Inglesa e está inteiramente pensada para ingleses. Não conheciam Portugal. A partir daí visitamos a ilha de S. Nicolau e a terra dos Lydios.
Em resumo, ir à Turquia é uma aventura na história da grécia, o que me parece que os turcos se empenham em esconder. Falam dos monumentos mas não mencionam a grécia. Um ódio milenar. Guerras à parte, esperamos lá voltar um dia, é um país lindissimo e com muita história para descobrir. Feitas as contas gastamos cerca de tres mil euros em três semanas e visitamos o país quase todo.